Quem sou eu

Minha foto
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Início

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pessoal, vou mostrar no post como instalar uma lipo no Hitec Aurora 9!

Turnigy 2200mAh 2S Lipo Pack
EC3 plugs (10pairs/set)






Vou utilizar o conector original, do Pack NiMH (6CELL) 7,2V 1300mAH, que vem no A9.
Muita Atenção para não inverter + -!





Será preciso remover a espuma ...




Soldando os Conectores EC3 ...
Tomei uma surra, depois que assisti o vídeo foi fácil...


Conectores Soldados, verificar se a poralidade esta correta...




Espuma lateral removida, metade da espuma da tampa removida, lipo conectada...



Ligando Rádio modificar configuração para lipo...
Um click no ícone igual uma ferramenta ...

Um click no menu SYS.MGMT...





Um click no 1/2...






Um Click em Battery...






Só modificar para lipo, e configura o alarme de baixa tensão.
Obs: Limite mínimo permitido 6.0v.



Fonte: Elétricos do Sul

Modificar fonte ATX para Bancada de Eletrônica


Uma boa fonte é um dos principais acessórios para bancada uma eletrônica, porém fontes custam caro, para tentar baratear o custo

Poderíamos montar uma, mas não é uma tarefa muito fácil. Para que a fonte tenha uma corrente alta teríamos que utilizar um trafo muito grande, radiadores de calor, componentes difíceis de achar, caixa para colocar a fonte, etc., etc... que no final das contas sairia mais caro que comprar uma nova.
Para montar uma fonte chaveada vc teria que ser realmente fera em eletrônica.

Uma excelente alternativa seria modificar uma fonte ATX usada em computadores para uma fonte para bancada. Fontes ATX "genéricas" não custam tão caro e podem ser facilmente encontradas em lojas de pc's novas ou usadas, desde que esteja funcionando corretamente. Fontes ATX podem chegar a altos níveis de corrente e contam com proteção contra curto.

Materiais necessários:

01 Fonte ATX funcionando.
04 (ou mais) Bornes fêmeas para pino banana.
02 Leds, vermelho e verde.
01 Resitor de potênca 10W de 10 ohms.
02 Resistores de baixa potência de 330 ohms.
01 Botão Switch.

O esquema para montagem é básicamente este:
Image and video hosting by TinyPic






Se vc for montar com uma fonte que já estava em uso não se esqueça de descarregar os capacitores antes de abrir a fonte, colocando os terminais do resistor de 10 ohms entre o foi preto e o vermelho.
Não mecha na fonte com ela ligada na tomada, recomenda-se deixar ela desligada por algumas horas para que descarregue completamente.
Lembre-se que uma corrente superior a 200 mA pode ser fatal!!!

Muito cuidado!!!!


A fonte não liga se não tiver em uso, ou seja, para que ela funcione precisamos colocar um resistor de potência entre os terminais preto e vermelho. Vc pode substituir o resistor por qualquer outro componente de consuma alguma corrente, pode ser um cooler por exemplo.

O esquema de tensão dos fios é este:
Image and video hosting by TinyPic

Neste equema que fiz usa-se somente as tensões +12V +5V e -12V, mas se quiser pode "puxar" outras tensões com -5V e +3,3V se achar necessário.

As correntes fornecidas pelas tensões podem chegar em média:
(450w)

+12V= 18A

-12V= 01A

+05V= 50A

+05sb = 2,5A

-05V= 0,8A

+3,3V = 28A

Lembre-se que em caso de soma de tensões, como por exemplo, utilizar
+12V + (-12V) para obter 24V a corrente que predomina sempre é a mais baixa, que neste caso seria de 01A.

Para montagem mecânica, basta usar a imaginação!


  

quinta-feira, 16 de junho de 2011

:::: Dicas e Truques .::::

ICAS "Z"

Eis um jeito fácil de regular o comprimento das hastes de comando. Faça uma dobradura em "Z" num ponto de acesso da fuselagem antes de instalá-lo entre o horn e o braço de comando do servo.

Este "Z"deve ter uma medida aproximada 10mm ( uma altura para que possamos "abrí-lo" ou "fechá-lo" com o alicate).

Agora para ajustar os comandos basta aumentar ou diminuir o comprimento da haste através do "Z".


ESTANHO NO CG
É comum ter que adicionar chumbo no nariz de um aeromodelo para ajustar o centro de gravidade (CG). Nem sempre, porém, esse metal está disponível, Há, no entanto, um substituto prático e econômico: o estanho , bem mais barato que o chumbo e facilmente encontrado nas lojas de materiais para construção, onde é vendido em barras com cerca de 125 gramas usadas como solda para calhas de telhados.

Faça o seguinte:

Aqueça no fogão uma caneca velha de alumínio, dobre a barra de estanho para que ela caiba no fundo da caneca e espere derreter, despeje o estanho derretido numa fôrma e esfrie com água. Cuidado para não se queimar! . Use luvas de couro e óculos de proteção. Mesmo assim, afaste-se o máximo possível na hora de jogar água por cima. A formação de vapor é brusca e podem se espalhar gotículas de água fervendo.

Uma alternativa de fôrma pode ser a gaveta de uma caixa de fósforos, molhe a caixa, enxugue apenas para tirar o excesso de água e despeje o estanho. Complete o esfriamento jogando água. Você pode fazer formas de dimensões e tamanhos adequados para o peso se acomodar no espaço disponível no modelo - como por exemplo, sob o tanque de combustível.

Fonte: Viagem ao mundo do Aeromodelismo. 


COMO OS AEROMODELOS VOAM?
Como os aeromodelos voam? Foi esta mesma curiosidade que um dia levou o homem a conquistar os céus. Explicar a aerodinâmica é uma questão um tanto complexa, no entanto vou tentar esclarecer esta pergunta de maneira simples e ilustrativa. Saber os principios básicos da aviação ajuda em muito compreender como tudo funciona.

Lembre-se que estes principios farão mais sentidos quando você começar a voar. Os aeromodelos baseiam-se nos mesmos principios de aerodinâmica dos aviões de verdade. Existem quatro forças qua atuam em um avião em vôo. PESO, SUSTENTAÇÃO, TRAÇÃO E ARRASTO. O peso é a gravidade qua puxa o avião para baixo. É neutralizada pela sustentação gerada pelo fluxo de ar que passa pela asa. O impulso ou tração é produzido pela hélice qua movimenta o avião para frente. O ar resiste a este movimento, criando uma força chamada arrasto. O avião só consegue voar nivelado e constante quando o seu peso é igual a sustentação e a tração igual ao arrasto.

As quatro forças do vôo são:

TRAÇÃO (Thrust): Impulsiona o avião para frente SUSTENTAÇÃO (Lift): Impulsiona o avião para cima ARRASTO (Drag): Freia o avião PESO (Weight): Puxa o avião para baixo.

A maneira mais simples de compreender isso é a seguinte: Quanto maior a velocidade de um avião ele vai tentar subir. Esta é a regra. Quanto maior o fluxo de ar em um perfil da asa de um avião, mais sustentação ele vai gerar. Em outras palavras, qualquer avião não importa seu tamanho ou configuração, se você acelerar o motor ele vai correr na pista e vai decolar sozinho por causa da sustentação gerada pelo fluxo de ar da asa. Uma vez que o avião esteja no ar, o segredo é mantê-lo estabilizado, ou seja, manter as asas e o nariz nivelados. Para descer o avião reduz-se o motor, mantendo o avião estabilizado.

TAXIANDO: O aeromodelo quando está taxiando permanece no chão porque a força peso e maior que a força sustentação. Durante o taxi a hélice gera força tração suficiente para impulsionar a avião para frente. O fluxo de ar gerado pela hélice durante a taxi não é suficiente para o avião levantar vôo.

DECOLANDO: A medida que a hélice gira com maior velocidade ela aumenta a força a tração. A uma certa velocidade a força de sustentação ficará igual a força peso. A medida que o fluxo de ar gerado pela força tração aumenta a força sustentação fica com força maior. Quando isso acontece o avião decola e começa a subida.

SUBIDA: Durante a subida a hélice gera um fluxo de ar constante e forte sobre o perfil da asa gerando a força maior, sustentação.

DESCENDO: O aeromodelo começa a descer quando o motor e desacelerado. A força mais forte é o peso, no entanto o aeromodelo não cai permanecendo no ar porque as asas continuam produzindo sustentação. O aumento limita a velocidade do aeromodelo diminuindo seu planeio.

Veja a figura abaixo:

Primeiras dicas para entrar no hobby
ROBERT J. FOX (*)

Na qualidade de aeromdelista ávido e instrutor de vôo, me espanta a maneira pela qual alguns principiantes se iniciam no hobby. Sua atitude é alguma coisa do tipo "Preparar, apontar... fogo". Essa tática não funciona bem neste hobby. Enquanto você está aprendendo, será inevitável e quebrar aviões. Devido à sua natural falta de conhecimentos e experiência, os novatos sofrem muito com isso. As dicas listadas abaixo não eliminarão chances de acidente, mas aumentrão suas possibilidades de sucesso no aeromodelismo.

1. Ache um bom clube - Eu fico pasmo com o número de pessoas que entram em um clube logo de cara. Muitos nunca visitaram quaisquer dos outros clubes da área e não tem informações nessesárias para comparar vantagens e desvantagens de cada um. Procure um clube onde os sócios sejam recepitivos a visitantes a visitantes. Este é o tipo de ambiente legal para apoiar um iniciante. Os sócios tendem a especializar-se ? Pode ser um clube cujos sócios que estejam profundamente envolvidos com modelos escala não seja adequado para quem está dando os primeiros passos no hobby.

2. Ache um bom instrutor - Infelizmente,muitos clubes não têm programas de qualificação de instrutores. Assim sendo, você terá que avaliar sozinho qual é o melhor piloto para ensinar-lhe. Preste atenção nas qualidades de cada um. Dê preferência para àqueles que freqüentemente são solicitados para resolver algum problema complicado. Muitos pilotos bons não têm tempo para dar instrução. Aproxime-se dos que se mostrarem mais prestativos. Pergunte aos sócios do clube quais são os bons instrutores. Se você vir algum instrutor se preparando para voar com algum aluno, pergunte se você pode ficar junto e observar o processo de treinamento, mas não atrapalhe fazendo perguntas ou comentários. O estilo de treinamento do instrutor lhe agrada? Ele é competente? Uma vez de grande parte do treinamento acontece no solo, o instrutor deveria fazer um briefing minucioso antes do vôo, complementando com comentários ao encerrá-lo. Eu estimulo meus estudantes a voar com outros instrutores simplesmente aprenderão técnicas diferentes. Não tenha medo de pedir ajuda aos instrutores escolhidos. Se você receber uma resposta negativa de um (normalmente porque a pessoa simplesmente não tem tempo), pergunte a outro. Tal como na escolha do clube, a seleção do instrutor requer algum tempo observando para decidir quem trará os melhores resultados.

3. Ache uma boa loja - No comércio de máteriais de aeromodelismo, existe sempre um compromisso entre preço, conveniência e a disposição do profissional para orientar o cliente. Os principiantes precisam muito mais de orientação do que preço. Não escolha sua loja só baseado nos preços. Vá a várias e diga que está interessado no hobby. Veja o que cada loja oferece em termos de componentes basicos (kits, motores e rádios), ferramentas, material de acabento e outros. Fale com o dono ou vendedor e descubra se eles são aeromodelistas ativos. Peça conselhos sobre o que comprar para começar. Peça que enumere as vantagens e as desvantagem de cada opção e desconfie se não for mencionada nehuma desvantagem. Tome cuidado com pressões para fechar negócio rapidamente ou se o vendedor não está querendo empurrar artigos "encalhados". Desconfie se recomendarem comprar produtos muito sofisticados logo de cara, como rádios computadorizados com 4 ou 6 canais. Faça anotações. Repita este processo cada vez que visitar uma loja. Compare as várias recomendações e converse novamente com cada vendedor sobre suas vantagens e desvantagens dos seus conselhos com relação aos outros. Feito isso, você pode decidir onde fazer suas compras. Se achar várias lojas faça negócio com todas elas. Durante a escolha do clube, do instrutor e da loja, você aprenderá muitas coisas importantes.

4. Quanto mais simples melhor - Eu já vi muitos alunos que aparecem no campo com rádios computadorizados de última geração, motores de 4 tempos e aviões sofisticados. O raciocínio deles é mais ou menos assim: "Bem, se você leva este hobby a sério, provavelmente vai querer o melhor equipamento, então, é melhor comprá-lo logo de uma vez". Embora essa idéia seja atraente, há um outro ponto de vista. Primeiramente, rádios computadorizados requerem uma certa habilidade para programar. O principiante normalmente não compreende os fundamentos da regulagem dos comandos, o que torna a programação muito difícil. Segundo, a flexibilidade que um rádio computadorizado oferece pode levar alguns iniciantes a deixar de aprender certas técnicas importantes: até mesmo com um desses rádios é fundamental saber regular mecanicamente os comandos. Terceiro, se você permanecer no hobby, é muito provável que sempre terá uso de 4 canais. Até mesmo se comprar um rádio computadorizado mais tarde, aimda poderá usar os componentes de bordo do sistema de 4 canais para equipar um outro aeromodelo. Da mesma forma, um motor de 4 tempos é mais complexo, mais caro e você vai gastar mais para consertá-lo em caso de queda. Elas acontecem, você sabe! A escolha do primeiro avião é crítica para seu sucesso. Prefira uma marca de renome para não se arrepender mais tarde.

5. Nada de equipamento velho - É tentador comprar um equipamento usado para "economizar" dinheiro. No entanto, isso equivale a comprar um carro usado sem entender nada de mecânica. Você pode se dar mal. Um equipamento usado tem maior probabilidade de mau funcionamento. Jamais compre baterias de níquel-cádmio (NiCds usadas! Compre equipamentos de marcas tradicionai, leia as instuções e siga-as à risca.

6. Leia, leia e leia - O aeromodelismo RC é um hobby que requer alguns conhecimentos elementares na mecânica, aeronáutica e eletrônica. Felizmente, há várias fontes de informação. As revistas de RC normalmente trazem artigos destinados aos principiantes. Há também vários livros, principalmente em inglês. Catálogos de produtos costumes ter informações muito úteis para os novatos. Manuais de instrução de kits às vezes são fontes excelentes de boas técnicas. Se puder, peça emprestado livros, catálogos ou manuais.

7. Simulador de vôo é bom? - Sim! Com o surgimento de simuladores de vôo para PC's, muitos alunos começam o treinamento num deles. Geralmente, eu consigo ver se o aluno treinou no simulador já no primeiro vôo. Problemas de inversão de controle e a tendência a exagerar os comandos são minimizados. Se custo não for um obstáculo, compre um simulador. Porém, não espere que ele o ajude muito além da fase de treinamento primário. Os simuladores podem ajudar a desenvolver a coordenação olho-mão e a mecânica dos controles, mas eles simplesmente não são realistas o bastante para ajudar muito em coisas como um procedimento de aterissagem.

8. Avalie diferentes opiniões - Um dos aspectos mais frustantes do aeromodelismo é que há muitas opiniões sobre quase tudo. Muitas vezes as opiniões de pessoas altamente respeitadas diferem significativamente umas das outras. Por exemplo, pergunte qual avião de treinamento para um novato. Provavelmente você ovirá várias respostas diferentes. A chave está em entender porque cada indivíduo tem uma opinião em particular. Um pode valorizar mais o manual de instruções, outro, a durabilidade, um terceiro acha que o mais importante é o custo etc. Entendendo a escala de valores de cada idivíduo, fica mais fácil julgar as vantagens e desvantagens de cada opção e, então, de acordo com as suas próprias prioridades, determinar o que é melhor para você. Um kit de treinador muito bom não será a melhor escolha se você não tem tempo para montá-lo. Neste caso, sua melhor opção será um modelo ARF (do Inglês "Almost Ready to fly", quase pronto para voar ou simplesmente semipronto).

9. Observe - É muito comum ver iniciantes cometendo o seguinte erro: eles detectam algo que não entendem e, porque o que está acontecendo não corresponde à sua idéia de como aquilo deveria ser ou funcionar, eles ignoram o problema e acabam derrubando o avião. Por exemplo, eu vi um principiante brigar durante vários vôos com um avião cujos comandos estavam desregulados (ou "destrimados", como se diz no jargão das pistas). Na cabeça dele, a situação não fazia sentido. Ele já estava reabastecendo para voar novamente quando um piloto experiente veio ajudá-lo. Quando a asa foi removida, viu-se que o montante do servo do profundor não tinha sido bem colocado e o servo estava solto. Esse aeromodelista tinha ganhado um avião! Se desconfiar que algo está errado, verifique imediatamente. Peça ajuda a um piloto mais experiente. Também observe outros modelos na pista. Veja se a regulagem dos comandos está muito diferente. Repare como seus motores foram instalados. Observe os pilotos experientes, principalmente o procedimento de pouso. Você aprenderá muito só observando.

10. Calma - Outro engano que muitos novatos cometem é tentar progredir muito rápido. Durante o treinamento, quatro vôos por dia são o limite. Ocorre uma deterioração muito grande na coordenação motora da maioria dos alunos depois de três ou quatro vôos. Além disso, os vôos devem ser espaçados em mais ou menos 30 minutos. Normalmente, eu vôo meu próprio avião entre um vôo com um aluno e outro. É comum alunos que solaram recentemente quererem logo passar para um modelo mais avançado: um caça com flaps, trem retrátil e sistema de fumaça. Certa vez, vi um piloto principiante comprar três aeromodelos avançados novos e destruí-los numa única tarde! O segundo avião não pode ser muito mais sofisticado que o primeiro treinador de sua vida. Vá devagar!

11. Apaixone-se - Um dos primeiros conselhos que eu recebi quando estava começando foi, " Não se apaixone pelo seu primeiro avião". Eu ouvi isto muitas vezes desde então. Tudo bem, você não deve ficar frustado com as "raladas" inevitáveis no seu primeiro aeromodelo, mas acho que é muito saudável se apaixonar por ele ou por qualquer outro aeromodelo. Por que não? O aeromodelismo pode assumir as proporçoes que você desejar. Pode permanecer simples e modesto ou consumir muito tempo, esforço e dinheiro. Pode ser uma forma de convívio social, uma oportunidade de participar de competições ou apenas um divertimento. Não há absolutamente nada de errado nisso. Só não se esqueça de que os problemas acontecem com muita freqüência no ínicio da aprendizagem. Não desanime e, acima de tudo, relaxe e divirta-se!

(*) Robert J. Fox é articulista da RC Modeler. Tradução de Luiz Henrique da câmara Camillo.
Fonte:Viagem ao mundo do aeromodelismo
Dica para se iniciar o aeromodelismo
Muitas vezes recebemos e-mails perguntando qual é o melhor aeromodelo para se começar no hobby, assim como o melhor motor, melhor rádio, qual o melhor equipamento melhor dizendo. Como sempre, a resposta em relação a um aeromodelo é: "Compre um modelo trainer". Mas porque um aeromodelo trainer e não aquele lindo P-51, ou então aquele belo Tucano? Simplesmente porque estes são modelos mais avançados, que não permitem um "errinho" bobo, ao contrário do avião trainer, além de ser bem mais fácil de pilotar e também muito gostoso. Não nego que às vezes sinto vontade de pilotar o meu antigo trainer (um Sensei da Prince Models, ex Amano Model Factory).

Começar sozinho é possível, porém mais complicado e não é recomendado devido ao grande risco de danificar o aeromodelo ou até ferir um espectador. É NECESSÁRIO ter um instrutor, pois sem ele é quase impossível aprender a voar. Não adianta falar que é piloto de avião real, que já pilotou no simulador (no aeromodelismo real as coisas são muito diferentes). Um instrutor poderá observar um problema que um iniciante talvez não perceba, ele que poderá pousar o aeromodelo com segurança caso o motor "morra" ou o aeromodelo apresente algum problema em vôo, e, além de tudo, ao voar na sua primeira vez, sua adrenalina estará à tona, podendo ocorrer queda do aeromodelo. Não dá pra aprender sem um instrutor! E como achar um instrutor? Procure um clube de sua cidade, que certamente terá um!

Se conhecer algum clube de aeromodelismo, vá em frente! Caso não conheça nenhum, poderá ver alguns que estão na Internet, no site da ABA (Associação Brasileira de Aeromodelismo). A maioria dos aeromodelistas e clubes estão abertos a novos amigos e lhe estenderão a mão para ajudar no que você necessitar.

Primeiro, é necessário comprar um aeromodelo trainer, o rádio, o motor e alguns acessórios.

O aeromodelo que você necessitará é um treinador (trainer). Este aeromodelo se caracteriza por ser de asa alta (a asa acima da fuselagem do aeromodelo, o que proporciona maior estabilidade) com bastante diedro (ângulo formado por dois painéis ou dois setores de uma asa), tem um vôo lento, trem de pouso do tipo triciclo (duas rodas em baixo da asa, e uma na frente, no qual será muito mais estável em terra e fácil de taxiar), e tende sempre a recuperar sua posição estável de vôo (se o aeromodelo estiver com a asa inclinada, ao relaxar os comandos, se nivelará em relação ao solo). Estas características são excelentes para aprender.

Geralmente, é possível começar com dois tipos de modelos: os kits (onde você deverá montá-lo) e os ARFs (Almost Ready to Fly ou quase pronto para voar). Nos ARFs, à princípio, é necessário montar o profundor, unir as asas, montar motor e equipamento de rádio e algumas coisas mais.

Com qual aeromodelo começar? Existem vários modelos de trainers disponíveis no mercado, como o Sensei da Prince Models (nacional), o Avistar, entre muitos outros, inclusive planadores, que não são tão chatos de voar como se parece. Muitos dizem que o vôo à vela é muito interessante. Procure se informar com o revendedor de sua cidade.

Ah, e porque não começar com um helimodelo, que aparenta ter um vôo mais fácil? Porque o helimodelo é considerado por muitos o "último degrau" do aeromodelismo. É muito mais difícil de pilotar e, inclusive, tem um custo bem mais alto do que um aeromodelo.

Quanto aos motores, evite comprar um motor de bucha, que tem bem menos potência do que um motor de rolamento. Então você pergunta: o que é bucha? O que é rolamento? O rolamento é a peça onde se apóia o eixo virabrequim. Para fazer motores mais baratos, alguns fabricantes lançam versões com uma peça no lugar do rolamento, e esta peça rouba muita potência, mas é mais barata. Um exemplo de motores com bucha são os OS da série LA. Apesar disso, são ótimos motores. Já entre os motores com rolamento, podemos citar entre outros, para se iniciar no hobby, como os OS .40 e .46 FX ou os moteres Magnum. Para um avião trainer .40, um motor .40 ("quarentinha") já basta. Mas vale lembrar que caso você queira partir para um avião maior, um .46 por exemplo, este motor não ficaria legal. Logo, se possível, no inicio é bom comprar um motor .45, .46 ou .51, até porque um motor .46 não tem tanto peso a mais do que um .40, e tem maior sobra de potência. Todos os motores citados acima são ótimos motores, e não são tão caros. Vale citar que não existem apenas motores destes tamanhos. Vão de 0.049pol. cúbicas até o necessário para se colocar um aeromodelo no ar e, movidos a vários combustíveis, como o glow (metanol), gasolina, diesel e álcool.

O tamanho do aeromodelo estará relacionado com o do motor. É recomendável usar um aeromodelo com motor .40 ou .46 para iniciar. O motor é um dos elementos mais importantes do equipamento básico e apesar de tudo não é MUITO caro. É aconselhável um bom motor de uma boa marca, pois não vale à pena economizar algum dinheiro para ter um motor que pode "morrer" em pleno vôo (principalmente se for um iniciante que estiver no comando do aeromodelo).

É necessário um equipamento de rádio para controlar o aeromodelo. Um equipamento básico de quatro canais é suficiente para aprender (cada canal controla uma função diferente). Um transmissor de quatro canais geralmente controla: motor, profundor, ailerons e leme. Há também os rádios com maior número de canais, e com menor também. Vão de 1 a 11 o número de canais, cada qual com a sua mais variada função. Caso você queira ter outra função além das 4 normais, é preciso um rádio com maior número de canais. Os rádios "acima de quatro canais" mais populares são os de seis, mas isto não significa que não exista um de cinco. Existem também os rádios computadorizados, em que se pode mixar as funções, como o elevon, que são duas superfícies atuando como o aileron e o profundor ao mesmo tempo; flaperon, que são os dois ailerons atuando como flaps. Detalhe que para estas duas funções citadas acima são necessários dois servos, um em cada superfície. Você encontrará algumas marcas, muitas delas muito boas como a Futaba e a JR (claro que existem outras também).

Há também alguns acessórios que são recomendados/necessários: um starter elétrico (para dar partida no motor e evitar que a partida seja através da mão, correndo risco de cortar o dedo com a hélice). Caso queira, faça um porrete (pequeno) de madeira ou algum outro material para bater a hélice com segurança, nunca bata com o dedo. Um ni-starter (para acender a vela), bomba para enviar o combustível ao tanque, combustível, tanque de combustível caso não acompanhe o aeromodelo, caixa de campo e algumas ferramentas.

Fonte:Viagem ao mundo do aeromodelismo
Dica enviada por Wladimir Kümmer de Paula
Uma das tarefas mais chatas, porém de extrema importância, é o ajuste da marcha lenta dos motores 2 tempos glow. Uma marcha lenta bem lenta e confiável permite que o aeromodelista reduza a velocidade do seu aeromodelo para um pouso suave e também transmite a segurança do perfeito funcionamento do motor quando as coisas começam a dar errado (um vento de través, por exemplo).

Pensando nisso, desenvolvi essa dica para o acerto da marcha lenta em motores OS Max da série LA, mas todas as dicas aqui podem ser usadas para os motores que utilizam carburadores do tipo ´air - bleed´ (sangria de ar). Você pode identificar os carburadores desse tipo verificando se há um pequeno furinho na frente do seu carburador.

Antes de começar o ajuste propriamente dito vamos falar de umas variáveis que interferem na qualidade de nossa marcha-lenta: 1 - O tipo de combustível usado - de uma maneira geral, combustível com cerca de 5-10% de nitro dão as melhores lentas 2 - A hélice usada - uma hélice pesada, portanto com maior inércia permite uma marcha lenta mais lenta! 3 - A vela usada - uma vela mais ´quente´ tolera misturas inadequadas de combustível. Uma outra alternativa é o uso de velas com a barra de proteção do filamento 4 - A temperatura e altitude do lugar aonde vc mora, assim se seu amigo do Rio de Janeiro ajustou o motor e você vai voar seu modelo em Petrópolis, é provável que sua marcha lenta esteja desregulada.

Considerando que temos em mãos nosso fiel e simples OS 40 LA com nossa básica vela A3 e combustível 5% de nitro vamos iniciar nosso ajuste de lenta:

a) Dê a partida com o motor com a aceleração toda aberta

b) Feche a agulha principal (aquela que fica na traseira do motor) girando para tras (empobrecendo a mistura) até que o motor atinga a rotação máxima e então abra a agulha cerca de 1/4 de volta (enriquecendo a mistura)

c) Feche aceleração lentamente e observe ele operar na lenta por uns 10-20 segundos

d) Abra novamente toda a aceleração. Podem acontecer 3 coisas: 1. Se o seu motor parece cuspir combustível pelo escape e engasga um pouco até atingir a rotação máxima isso significa que ele está afogando em combustível. Desligue o motor (aperte a linha de combustível) e abra o pequeno parafuso transversal na parte da frente o carburador cerca de 1/4 a 1/2 volta, assim você permite que mais ar entre no sistema empobrecendo um pouco a mistura. 2. Se o motor dá um grito alto e falha isso significa que a mistura está muito pobre, desligue o motor e feche um pouco (1/4 a 1/2 volta) o parafuso transversal na frente do carburador. 3. Seu motor tem uma transição perfeita da lenta para a máxima

e) Quando você chegar 'a opção 3 do estágio anterior abra a potência máxima e reajuste a agulha principal se necessário conforme descrito no item b.

f) Feche a potência e ajuste a lenta (finalmente!!!) da seguinte maneira: desligue o motor e abra um pequeno parafuso que fica acima 'a esquerda do bocal de admissão do carburador de modo que o tambor de controle (aquilo que fica conectado ao servo e vai e volta controlando a aceleração) fique com uma entrada de cerca de 1mm (observe-a no lado mais próximo do cilindro) quando o acelerador estiver todo fechado. Faça pequenos ajustes até que a lenta fique bem lenta e confiável, isto é vc pode deixar o motor rodando o tanque inteiro na lenta.
MANOBRAS RADICAIS
TRÊS LOOPS A manobra consiste em: de um vôo nivelado a uma altura constante, o modelo inicia uma sequência de 3 loops, que devem ser um círculo sobrepondo ao outro e assim consecutivamente. O motor deverá ser um pouco reduzido quando das descidas.


VÔO DE FACA A manobra consiste em: de um vôo reto nivelado o modelo executa ¼ de roll (que pode ser para a direita ou esquerda), antes de chegar a linha de centro de vôo, e permanece voando na altitude durante algums segundos até passar pela linha de centro continuando pelo mesmo espaço qua voara antes da linha de centro e em seguida faz outro ¼ de roll no sentido contrário ao anterior para retornar ao vôo reto nivelado


STALL TURN A manobra consiste em: de um vôo nivelado a uma altura constante, o modelo, exatamente a frente da linha de centro de vôo, inicia uma subida vertical, e quando estiver a uma altura máxima escolhida para vôo, reduz totalmente e faz um stall de ponta de asa, ou seja o modelo vira sobre a asa e volta num vôo vertical descendente, e quando chegar a mesma altura do inicio da manobra retorma ao vôo nivelado no sentido oposto ao inicio da manobra.


OITO CUBANO A manobra consiste em: de um vôo nivelado a uma altura constante, o modelo depois de passar pela linha de centro inicia um ¾ de um loop e quando estiver descendo invertido a 45o executa um meio roll e logo em seguida começa novamente ¾ de um novo loop, e novamente quando estiver descendo invertido a 45O. executa novo meio roll e em seguida retorna ao vôo nivelado na mesma altitude em que iniciou a manobra. Os dois meio rolls deverão ser feitos no mesmo ponto.


DUPLO IMELMAM A manobra consiste em: de um vôo reto nivelado, o modelo passa pela linha de centro de vôo e executa um meio loop interno (normal) e quando chegar imediatamente no topo executa meio roll, voa um pequeno espaço nivelado e depois de passar pela linha de centro de vôo, executa outro meio loop externo (invertido) e quando atingir a parte mais baixa do loop imediatamente executa outro meio roll para retornar ao vôo normal na mesma direçao do ínicio da manobra.


CIRCUITO DESCENDENTE DE 360º A manobra consiste: de um vôo reto nivelado, o modelo executa um círculo descendente de 360O sobre a área de pouso, na direção oposta aos juzes, com potência reduzida constante, reassumindo vôo reto e nivelado em uma altitude mais baixa, na mesma direção do inicio da manobra.


SPLITS A manobra consiste em: de um vôo reto nivelado na parte mais alta de vôo, o modelo passa pela linha de centro de vôo e pouco depois faz um meio roll, reduz o motor e inicia um meio loop interno (norma) para baixo do vôo quando então deverá acelerar novamente o motor.


VÔO INVERTIDO A manobra consiste: de um vôo reto nivelado, o modelo antes de chegar a linha de centro de vôo, executa meio roll e para na posição invertida, voa durante algums segundos até passar da linha de centro, e executa outo meio roll, até assumir a posição norma de vôo reto nivelado.

LINK DE METAL E INTERFERÊNCIA
A interferência nos receptores de RC dos aeromodelos tem, em certos casos, origem dentro do próprio avião. Uma das causas é a fricção entre os links metálicos dos comandos nas alavancas do acelerador e da bequilha dianteira (que ficam mais perto do receptor).

A interferência resulta da eletricidade estática gerada na fricção de metal com metal, como ocorre ao esfregar um pente de plástico num pano de lã. Quando as cargas elétricas acumuladas nas extremidades dos links metálicos "escapam", é gerado um campo eletromagnético fraco, mas que pode interferir no receptor por estar perto dele.

O fenômeno pode ser observado em terra por meio de um experimento simples: com o transmissor e o receptor ligados, esfregue uma chave de fenda no motor; se os links do acelerador ou da bequilha forem de metal, podem ser percebidos os sintomas típicos de interferência (os servos "tremem"). Para evitar o problema, utilize links de náilon.

Fonte: Viagem ao mundo do Aeromodelis
Modalidades de Aeromodelismo
F1 - Vôo Livre

Vôo durante o qual não existe nenhuma ligação entre o aeromodelo e o concorrente, ou seu ajudante. São somente permitidas funções de rádio controle quando especificamente referidas nas regras para determinada classe.

Está dividida em:

F1A - Planadores Classe A2
F1B - Modelos com Motor a Elástico (Wakefield)
F1C - Modelos com Motor a Pistão
F1D - Modelos de Interiores
F1E - Planadores com controle automático de direção
F1F - Helicópteros
F1G - Coupe D'Hiver
F1H - Planadores Classe A1
F1J - Modelos com motor a pistão (Classe 1/2 A)
F1K - Modelos com motor CO2


Categoria F2 - Vôo Circular Controlado

Vôo durante o qual o aeromodelo é aerodinamicamente manobrado por superfícies de controle, em altitude e atitude, por um piloto no chão, por meio de um ou mais cabos não extensíveis, diretamente ligados ao aeromodelo. Podem ser usados sistemas nos quais os fios ou cabos de controle são mantidos na mão ou conectados a um pivô central. Nenhum outro meio de controle do modelo ou motor pode ser usado durante a decolagem e vôo, exceto o exercido pelo piloto através dos cabos ou cabo.

Está dividida em:

F2A - Velocidade
F2B - Acrobacia
F2C - Corrida em Conjunto
F2D - Combate


Nacionais:

Acrobacia Mini-FAI
Acrobacia Iniciantes
Corrida em Conjunto Fórmula Brasil
Combate CB


Categoria F3 - Rádio Controle

Vôo durante o qual o modelo é aerodinamicamente controlado por superfícies de controle em atitude direção e altitude, pelo piloto estando no solo, usando rádio controle.

Está divida em:

F3A - Acrobacia com motor Rádio-Controlado
F3B - Modelos de Planadores
F3C - Helicóptero
F3D - Pylon Racers
F3F - Planadores Slope Soaring
F3G - Planadores com motor
F3H - Soaring Cross Country Racing
F3I - Aero Tow Soaring
F3J - Planadores com Duração Termal


Nacionais:

Acrobacia Mini-FAI
Acrobacia Avançado
Helicóptero Avançado
Helicóptero Mini-FAI


Categoria F4 - Escala

Um modelo em escala é uma reprodução reduzida de um aeronave mais pesada que o ar concebido para transportar um ser humano.

Divide-se em:

F4A - Modelos em Escala Vôo Livre
F4B - Modelos em Escala Vôo Circular Controlado
F4C - Modelos em Escala Rádio-Controlados
F4D - Modelos em Escala para Indoor Vôo Livre (extensíveis motores)
F4E - Modelos em Escala para Indoor Vôo Livre (CO2 ou motores elétricos)
F4F - Modelos em Escala para Indoor Vôo Livre (Fórmula Peanut)


Nacionais Escala Stand-Of

Fonte: A.BA - Associação Brasileira de Aeromodelismo
HISTÓRIA DO AEROMODELISMO
O PRECURSOR

Alphonse Penaud

Nascido na França, Penaud queria seguir carreira militar, mas foi atacado por reumatismo muscular, sendo obrigado a usar muletas. Gostava de matemática e de resolver problemas relacionados a vôo. Em abril de 1870 inventa o motor a elástico com tiras retorcidas.

Eis suas palavras:

"Procurando utilizar a força extraordinária da borracha, tive a idéia de usar a sua elasticidade, pro torção, que pode fornecer 130 kilogrâmetros por kilo. É menos que o calculado para a distenção simples, mas a torção permite uma aplicação mais fácil, a rotação das hélices, evitando qualquer transformação do movimento, simplificando enormemente a construção. Veio-me a idéia de aplicar este mecanismo na propulsão de um aparelho do gênero aeroplano... mas esbarrei com uma enorme dificuldade: o equilíbrio. Felizmente, ao fim de alguns estudos, imaginei um dispositivo muito simples que satisfazia ao objetivo desejado.

Trata-se de um pequeno leme horizontal inclinado para cima... e para obter o equilíbrio lateral, bastou inclinar ligeiramente as asa para cima (diedro) ou simplesmente, elevar as respectivas extremidades... e para compensar o binário da hélice, torci a empenagem para um lado..."

No início de 1871, Penaud construiu o primeiro modelo a elástico de uma série que denominou Planophore. Possuia uma hélice propulsora simples montada após "os estabilizadores automáticos" (como ele chamava a empenagem). Este modelo voava muito bem e estabelecu o desenho básico dos modelos atuais. Penaud foi aclamado ao demonstrar o vôo do seu Planophore em agosto de 1871, em Paris, nos jardins de Tuileries para os membros da Sociedade Francesa de Navegação Aérea. Voou 60 metros de distância a 20 metros de altura em 13 segundos.

O modelo a elástico que Penaud projetou, construiu e voou em 18 de agosto de 1871, nos jardins de Tuileries em Paris, foi o primeiro aeroplano que efetuou um vôo livre estável. Os membros da Soeciedade Francesa de Navegação Aérea afirmaram na época que Penaud foi também o precursor das máquinas de voar.

O modelo de Penaud que impressionou sobremaneira os membros da Sociedade Francesa de Navegação Aérea, era uma máquina muito simples. A fuselagem era constituída de uma vareta de madeira dura medindo 500 x 3 x 3 mm de comprimento. A asa tinha uma envergadura de 460 mm, o estabilizador era um losango medindo 150 mm de comprimento e 64 mm de largura, o leme era igual a metade do estabilizador. O material utilizado foi o bambu, a hélice era bi-pá, montada na parte traseira da fuselagem. era feita de madeira torcida, tinha 150 mm de diâmetro e era impulsionada por duas tiras de borracha de 5 x 1 mm de secção.

O modelo, pronto para voar, pesava 16 gramas, sendo que cinco gramas eram devidos ao peso da borracha. Este modelo de Penaud, o "Planophore, foi a primeira máquina mais pesada que o ar, a voar com eficiência. Penaud também construiu em 1870, um helicóptero. Este era constituído de duas varetas, que abrigavam entre elas, duas tiras de borracha, que impulsionavam, por tração, duas hélices, uma em cada extremo das varetas. Em 1955, a Comissão Internacional de Aeromodelismo, em homenagem póstuma, deu o nome de Afonso Penaud a taça oferecida pela FAI a equipe vencedora do Campeonato Mundial de "Wakefields".

O AEROMODELISMO NO BRASIL

Sem dados históricos precisos, sabe-se que em 1936 uma loja situada a Rua Direita, a Casa Sloper vendia material de aeromodelismo. Desde 1941, a firma Almeida & Veiga importava kits de modelos americanos. Em 19 de julho de 1942, foi realizado o I Campeonato Paulista de Aeromodelismo, no Campo de Marte. Em 17 de abril de 1943, surge a Casa Aerobrás. O Sr. Ueno fabricou kits dos modelos Aspirante e Pernilongo, desenhados por Afonso Arantes; o Gavião, o Extraviador 1000, desenhado por H. Miaoka e o Cometa, desenhado por L. Giraldelli.

O campo usado para a prática do esporte ficava na Av. Rebouças, esquina com a rua Iguatemi, hoje Faria Lima. O primeiro clube formado pelos aeromodelistas chamava-se "Parafuso". E em 1945, foi realizado na várzea da Rebouças, o II Campeonato Paulista de Aeromodelismo. A revista da época era a "Velocidade" e trazia artigos técnicos e matérias de aeromodelismo.

O campo da Rebouças foi-se enchendo de casas e o grupo, formado por Afonso Arantes, Angelo Rodrigues, Clécio D. Meneghetti, Afonso Mônaco, H. Miaoka, Rubens Arco e Flecha, Heder, Giraldelli, Conrado, Paulo Marques, Felício Cavalli e Naldoni mudaram-se para o Brooklin, ao lado da Hípica Paulista. Daí, foram para o Alto de Pinheiros, onde foram realizados vários concursos do troféu A Gazeta para modelos a elástico.

Em 1947, surgiu o Clube "Cai-Cai". Ernesto Conrado soltou o primeiro planador R/C monocanal. Nesta época, Afonso Arantes voou o primeiro U-Control acrobacia "Mr. Damer", no Ibirapuera e Morimoto desenhou os modelos Térmica e Pégasus. Nesta ocasião, a revista "Ciência Ilustrada" publicava matérias sobre aeromodelismo. Por volta de 1956, os aeromodelistas passaram a voar na Base Aérea de Cumbica, pois o campo do Alto de Pinheiros foi tomado por casas. Em 1959 com a Associação Brasileira de Aeromodelismo, já fundada, surgiram eventos importantes: I Campeonato Brasileiro de Aeromodelismo e a participação de brasileiros no I Campeonato Sul-Americano, tendo como vencedor nas categorias planadores A2 e motor FAI, Paulo Marques. No Ibirapuera, Afonso Mônaco consegue a primeira pista oficial de U-Control com alambrado e asfalto.

Em 1970, surgiu o clube de vôo livre "Aerobu". Outro impulso importante ocorreu nesta época: a introdução dos transístores, chips e circuitos impressos nos transmissores de rádio. Barateou-os de tal forma que os praticantes de rádio-controle começaram a crescer em todo o mundo. Em 1975, o primeiro brasileiro a participar de um Campeonato Mundial de motor FAI, Eolo Carlini, classificou-se em "fly-off", entre os melhores do mundo. Em 1987, graças aos esforços de Walter Nutini, o aeromodelismo foi reconhecido como esporte no Brasil, na gestão de Vitor Garutti.

Em 1996, a delegação brasileira de aeromodelismo Vôo Circular Controlado, consegue o 6º lugar no Campeonato Mundial da Suécia e novamente em 1998, desta vez na Ucrânia. Luiz Eduardo Mei consegue o recorde brasileiro e sul-americano em Velocidade, voando a 294 km/h. Nossos agradecimentos ao Sr. Ferdinando Faria pelo inestimável trabalho de resguardo de nossa memória

Texto sobre Afonso Penaud: 125 Anos de Aeromodelismo - Ferdinando Faria

Fonte: Associação Brasileira de Aeromodelismo
SEM TANQUE DE COMBUSTÍVEL E A LOJA ESTÁ FECHADA


Algums tipos de frascos plásticos de remédio ou xampu servem perfeitamente para serem usados como tanques de combustível para aeromodelos. Um deles pode salvar um fim de semana de vôos quando o tanque original está com problemas e não há lojas abertas por perto.

Fonte: Viagem ao Mundo do Aeromodelismo
INICIANTES - DÚVIDAS FREQUENTES
1. O que é o aeromodelismo?

Aeromodelismo é um dos esportes que reune emoção e ciência. Muitos estudos apontam o aeromodelismo como uma poderosa arma para desenvolver o raciocínio e a destreza. O fascínio que a aviação exerce sobre as pessoas talvez explique o imenso sucesso que o aeromodelismo tem, pois através das réplicas ou de próprios modelos construídos todos podem ser pilotos, mesmo com os pés no chão.

2. O que significa VCC e R/C?

VCC quer dizer vôo circular controlado ou seja o modelo sempre estará preso a dois cabos de comandos, R/C quer dizer rádio controlado ou seja você terá um sistema de controle livre e a distância por ondas eletrônicas.

3. É verdade que o aeromodelismo é um esporte caro?

Sim e não.Vai depender muito do quanto você desejará investir. Os modelos controlados por cabo são relativamente baratos e com um pouco menos de R$ 100,00 você já poderá estar numa pista aprendendo a pilotar. Modelos rádio-controlados são um pouco mais caros devido aos equipamentos que acarretam (rádio, etc).

4. Por onde começar?

Visitando clubes. É lá que você verá o pessoal praticando. Pergunte sobre os modelos, instrutores e modalidades. Não há nada que aeromodelista adore falar mais do que o próprio aeromodelismo.

Informe-se sobre as diferentes modalidades e veja a que mais se adapta a você.

5. O que preciso ter para começar?

Antes de mais nada, um modelo treinador. Em modelos rádio-controlados, tem asa alta e apenas quatro funções (motor, profundor, leme em conjunto com bequilha e aileron). O motor que deverá ser determinado pelo modelo escolhido (entre .25 e .46). O preço varia na maior ou menor sofisticação mecânica. A durabilidade deve ser um fator a considerar, pois normalmente um "manikaka" como são chamados os iniciantes, causarão maus tratos a este componente fundamental do sistema.

A bateria para a vela (no caso de optar por um modelo de vela incandescente), combustível e uma bomba para encher o tanque. Obviamente, um sistema de rádio. Mais uma vez, as escolhas vão, desde o rádio de 4 canais até os sofisticados rádios de 9 ou 10 canais, digitais e com microprocessadores que lhe permitem fazer todo o tipo de misturas e ajustes. Mas para começar, um de 4 canais é mais que suficiente. Quase todos os sitemas incluem os servos e receptor necessários para a instalação no modelo. Mas a palavra chave é pesquisar. Vá as lojas de aeromodelismo, pesquise preços e na dúvida, pergunte a algum aeromodelista experiente. Visite clubes e peça opiniões. Não compre o primeiro aeromodelo pela beleza. E mais uma dica importante: não se apaixone por ele. Geralmente, na hora de separar-se dele por uma quebra, a dor e a frustração serão menores se não houver paixão.

6. Até que distância pode voar um modelo?

O raio de alcance de um emissor RC moderno é de, mais ou menos, 1,5 km, mas para manter um contato visual com um modelo, deverá voar a distâncias mais reduzidas. Um modelo com uma envergadura de 1.5m é minúsculo quando visto a 500 metros de distância e você poderá perder o controle facilmente, não vendo em que posição está o modelo.

7. O que é a Licença de Operação?

A Licença de Operação é sua carteira de habilitação de aeromodelo. Ela atesta que você opera seu aeromodelo dentro das normas de segurança.

8. Como adquiro minha Licença?

A Licença de Operação é solicitada a ABA pelos Clubes regularizados. Novos aeromodelistas passam por um teste de aptidão para a categoria escolhida (R/C, VCC ou Helicóptero) após o aprendizado. A licença é renovada anualmente e o próprio Clube encarrega-se da renovação. Além disso, a Licença o habilita ao seguro de responsabilidade civil.

9. Esta Licença é obrigatória? Sim, a Licença é obrigatória. O aeromodelismo é subordinado a Federação Aeronautica Internacional (FAI) que determina esta norma, além da própria legislação brasileira. É como dirigir um carro sem carta. A pessoa pode ser um excelente motorista, mas estará ilegal.

10. Posso voar onde quiser? Não. O aeromodelismo não é brinquedo e é preciso operá-lo com responsabilidade. Uma pane no modelo pode ter um fim trágico (além da quebra), ferindo pessoas ou causando prejuízos financeiros a terceiros. Os clubes regularizados possuem áreas autorizadas para este fim, vistoriadas pela A.B.A.Consulte a lista de Clubes regularizados para saber qual está mais perto de você ou que lhe oferece as melhores condições para praticar o aeromodelismo. Além disto, uma denúncia de um vôo fora de áreas regulamentadas, pode levar o aeromodelista a perder seu equipamento.

Fonte: Viagem ao Mundo do Aeromodelismo
PROBLEMAS COM BATERIAS
1° - Novos praticantes de automodelismo elétrico sempre sofrem problemas com baterias. Um dos problemas sempre é o superaquecimento das mesmas. Quando usamos uma bateria em um automodelo com motor original isso nem sempre ocorre, pois o consumo do motor é baixo. Mas como sempre queremos turbinar o nosso carrinho, colocamos algum motor mais forte, o problema é que quando se coloca um motor mais forte em um carro que não está devidamente preparado para esse motor, acabamos forçando demais a bateria, chegando até a dar cheiro de queimado, e as descarregando muito mais rápido que o normal. Isso reduz a vida útil da bateria pela metade ou menos. A melhor coisa em primeiro lugar, quando se quer melhorar a performance do automodelo, antes de trocarmos o motor, seria trocar todas as buchas por rolamentos, "roletando" o carrinho. Isso fará com que o motor trabalhe muito mais solto, evitando assim sobre-aquecimentos tanto do motor, quanto das baterias. Outra coisa muito importante é a relação que se está usando de pinhão e coroa, uma relação muito longa (pinhão com mais dentes que o original e a coroa com menos dente que a original) fará o automodelo correr mais, mas vai ficar muito lerdo em arrancadas, mas a vida útil das engrenagens aumentam. Com uma relação mais curta (pinhão com menos dentes e coroa com mais dentes) o carro fica muito mais ágil, mas perdendo em velocidade final. A maioria dos chamados HOP-UPS ou OPCIONAIS de um determinado automodelo auxiliam no aumento de performance, outros nem tanto, o importante é saber quando instalar cada opcional seguindo uma ordem lógica.

2° - Um item muito importante que sempre é motivo de muitas dúvidas no automodelismo elétrico é a bateria. Como carregar? Como descarregar? Com a maioria dos carregadores se não tomarmos o devido cuidado na hora de carregar podemos "torrar" uma bateria, ou apenas diminuir sua vida útil. As baterias de NiCd (Nickel Cadmium) não podem sofrer exposição a altas temperaturas, pois isso faz com que o ácido contido dentro delas ferva, causando uma perda de rendimento. O correto é ter um carregador de PICO ou Peak Charger, esses carregadores detectam quando a bateria atinge o seu máximo de carga e corta o carregamento. Nos carregadores normais onde apenas existe um timer de 15 minutos que geralmente não é o suficiente para carregar uma bateria de 1500mAH, se deve ter muita atenção enquanto a bateria está sendo carregada, pois assim que a bateria começar a esquentar, devemos imediatamente desligar o carregamento e deixar em repouso até que esfrie para depois podermos usar a bateria carregada. Um fator de máxima importância é de nunca, usar a bateria até que o carrinho fique complemente sem velocidade, pois isso estraga muito a vida útil da bateria, nesse momento estamos exigindo energia demais da bateria e esquentando demais ela. O carrinho começa a correr com 100% da velocidade, quando a velocidade baixar para 50% - 60% devemos parar imediatamente e retirar a bateria para esfriar e depois receber nova carga.

Mas antes de carregar é muito indicado fazer um descarregamento. A maioria dos carregadores hoje possuem uma resistência para descarregamento automático, mas devemos cuidar para não descarregar demais, pois isso também prejudica a bateria. O processo de descarregamento deve ser seguido como o manual do carregador indica. Um item muito interessante são os recicladores de baterias, que condicionam baterias usadas e com baixa amperagem e as vezes até deixam baterias que pareciam perdidas, como novas. Através de um processo de carga e descarga isso é conseguido. Sempre guarde as baterias descarregadas, pois mesmo que sejam guardadas carregadas, elas perdem a carga com o tempo. Existem também as novas baterias de NiMh (Nickel Metal Hydride), as baterias de 3000 NiMh todas são de NiMh, para se carregar esse tipo de bateria temos que ter um carregador especial para esse tipo, pois os carregadores normais de NiCd não carregam esse tipo de bateria. Muitos carregadores novos já suportam essa tecnologia desde que esteja especificado no manual que ele carrega baterias NiMh. Como se vê, bateria no automodelismo elétrico é um fator primário de atenção se você quer se sair bem no hobby.
AERÓGRAFO - INTRODUÇÃO
O aerógrafo é um instrumento para pintar que surgiu no final do século passado, e rapidamente passou a ocupar um lugar proeminente no universo da pintura e em especial no desenho gráfico e na publicidade. Os primeiros aparelhos patenteados se diferenciavam um pouco dos atuais, mas seguiram sempre o mesmo sistema de funcionamento; este, em teoria é bastente simples, mal grado sua aparente complexidade: uma corrente de ar comprimido misturada com tinta e que é modificável e regulável por uma boquilha e uma agulha. Na época em que foram comercializados os primeiros aerógrafos para pintar maquetes, simplificados em relação aos de desenhos, o universo modelista agitou-se numa convulsão, autêntica revolução que alterou em todos os aspectos o processo de decoração e mesmo o de montagem dos modelos. Desde há uns vinte anos que o aerógrafo tem se popularizado muito e continua sendo uma ferramenta essencial, verdadeira jóia entre qualquer equipamento de trabalho. Graças a ele, os modelistas conseguem obter efeitos e acabamentos que antes só obtinham, em teoria, pelos métodos clássicos de pintura mas que, na prática, se revelavam bastante ineficazes nos seus resultados.

Todavia, como tudo o que é novo, gerou também controvérsia e dúvidas. Os primeiros pintores e ilustradores que o utilizavam foram banidos pelos defensores do academismo e por outros, firmemente ancorados nos processos e meios tradicionais do passado. Suas obras foram rotuladas como impessoais, mecânicas e destituídas de qualquer interesse estético. E o uso do aerógrafo confinou-se quase exclusivamente aos estúdios de publicidade e ilustração, consideradas, equivocadamente, como artes menores, quando hoje diferenciam pouco das belas artes. Sua primeira etapa de desenvolvimento, e que serviu para eliminar quase completamente prejuízos e receios, deu-se graças aos ensinamentos divulgados pela BAUHAUS, até popularizá-lo no bojo da Arte Pop, e sobretudo, até difundir-se no meio do movimento hiper-realista norte-americano, para cujos artistas o aerógrafo é hoje o principal meio técnico de expressão. No modelismo ocorreu algo semelhante.

Existem pessoas contra esta técnica, alegando ser o aerógrafo um instrumento criado apenas para os que não sabem pintar, e as maquetes com ele decoradas serem destituídas de mérito técnico e artístico: algo parecido com um salva-vidas idealizado para socorrer os pouco habilidosos e os demais, carentes de imaginação e bom gosto, Outros em seu favor reafirmam o tipo de acabamento que um aerógrafo pode proporcionar às maquetes, sobre tubo sua limpeza, rapidez e precisão para recriar certos efeitos e tipos especiais de decoração. Permite ainda relacionar a pintura e a escala, ao depositar sobre a superfície de plástico da maquete camadas de tinta finas e uniformes, proporcionais ao fino detalhe do modelo e ao seu tamanho pequeno. Sem dúvida que de cada um dos pontos de vista podemos tirar ensinamentos válidos, pois ambos têm sua dose de razão. Lamentavelmente, o uso indiscriminado e maciço da aerografia encheu vitrines de lojas, concursos e exposições com modelos aerografados mas absolutamente medíocres.

Contudo, há que não esquecer que o aerógrafo é um instrumento perfeitamente adaptável ao modelismo, até o ponto de parecer ter sido criado justamente para ele. Ao utilizar ou ao adquirir um equipamento de pintura, a primeita questão a ter em conta por todo modelista é não aproveitar esse novo instrumento para substituir outros; em outras palavras: se você adquirir um aerógrafo, não jogue fora os pincéis. E se antes não se dedicou a conseguir suficiente experiência e habilidade com os pincéis nem desenvolveu com eles sua intuição e sentidos artísticos, dificilmente poderá tirar partido do aerógrafo e obter boas pinturas de modelos. Apelamos para você: não comece a casa pelo telhado!!!!!. O tempo confirmará que as boas maquetes não nascem do emprego exclusivo e simples de um só processo e sim do uso e da combinação de vários instrumentos para pintar, associados a várias técnicas de pintura aplicadas sobre um mesmo modelo. O uso do aerógrafo necessita um longo período de adaptação, treino e técnica. Não se preocupe se no começo os resultados forem desastrosos, é normal.

Trata-se de um instrumento que parece ter vida e personalidade próprias. O modelista deverá familiarizar-se com seu mecanismo e sua forma de funcionamento até adaptar-se a manejá-lo impondo-se aos seus caprichos. Quando tiver obtido razoável domínio e traquejo no instrumento, verificará que as possibilidades que ele apresenta são quase ilimitadas. Você necessitará, sobretudo, de reunir bastante paciência e seguir uma série de passos com continuidade lógica: primeiro, simples pulverizações planas; depois, ir progressivamente subindo na escala dos treinos, finalizando com esquemas de pintura com mão levantada. Trata-se de uma aprendizagem técnica completa, porque a pintura aerográfica não permite improvisações e não perdoa quando o modelista deixa de lado a preparação prévia através de um trabalho paciente e constante desde a base.

A aerografia tampouco se baseia unicamente no aerógrafo. São necessários também acessórios técnicos diversos, combináveis entre si, e conhecimentos básicos de desenho para poder realizar modelos explosivos e originais. Lembre-se: por melhor e mais caro que seja este instrumento, ele será inútil se as mãos que o manejam não tiverem antes se dedicado a aprender técnicas mais fáceis com outros instrumentos de pintura. Por outro lado, qualquer um pode chegar a ser um excelente maquetista sem recorrer ao aerógrafo. Assim, não fique com uma obsessão em relação a ele.

Fonte: Enciclopédia do Modelismo
ALINHANDO AS SUPERFÍCIES MÓVEIS DE COMANDO
Por: Hobbydelivery

Eis aqui um "Truque" para facilitar o alinhamento de leme, profundor durante a secagem e ou ajuste das dobradiças, e também na montagem e ajuste das linkagens (servos-horn). Use placas de balsa (1) com 3 x 7cm (aprox.) para o alinhamento entre as partes móveis e fixas. Para a fixação utilize pregadores de roupa (2), conforme ilustração abaixo.

Nota: não utilize madeira dura pois as mesmas podem machucar as superfícies.
PROCEDIMENTO DE APROXIMAÇÃO PARA POUSO
Ao iniciar a última perna do retângulo padrão de pouso, o piloto deve ter o seu aeromodelo posicionado de tal forma no ar que, com a redução gradativa do motor e um ângulo de ataque da asa ligeiramente negativo, o modelo fará um contato suave no eixo da cabeçeira da pista, Mas nem sempre é isto que ocorre. Pequenas correções são então necessárias. A seguir algumas situações que requerem ajustes de última hora e uma maneira mais fácil de executá-las:

ASA ESQUERDA OU DIREITA DESNIVELADA EM RELAÇÃO AO SOLO
Nesta condição, o modelo descreve uma curva e o local de contato com o solo é indeterminado. Se para esta situação você primeiramente procura identificar qual asa que está mais baixa, a esquerda ou a direita, para depois mover o STICK para nivelá-las, geralmente o tempo gasto desde a identificação até a correção é maior do que o gasto para o modelo se chocar com o chão. Mova o STICK do aileron na direção da asa mais baixa até igualá-las em relação a pista. Muito mais rápido e eficaz.

MUDANÇA DE DIREÇÃO DO MODELO A MENOS DE DOIS METROS DE ALTURA
Para correções de direção muito próximas ao solo, é comum, mas errado, usar o aileron. O aireron causa uma rotação longitudinal do modelo e por isso, ele eleva uma metade da asa e abaixa a outra. Desta forma, é muito provável que ao tentar nivelar a asa o seu aeromodelo toque o solo com a ponta de uma asa e você erre o pouso. O que acontece mais freqüentemente e que é ainda pior, é que é muito raro você movimentar o STICK direito do transmissor e atuar somente no aileron. É aí que surge a complicação.Você pode causar um pequeno acionamento que ative o profundor, eleve o nariz do aeromodelo em um momento imprópio (baixa velocidade e proximidade ao solo), o que com a reduzida velocidade conduz a um Stall, precipitando o modelo para o chão. A recuperação (condição em que o modelo volta a voar) só acontece após um mergulho considerável. Como o seu modelo já se encontra próximo ao solo antes de ocorrer o Stall o choque com o chão é muito provável. Para evitar este contratempo, faça as correções necessárias a baixa altura usando apenas o leme. A função do leme é causar um giro horizontal na fuselagem. Apontando-a para direira ou esquerda, contribuindo muito pouco para rotação da asa. Simples e seguro.

STALL
Palavra inglesa que significa parar. Paralisar. Em aeronáutica define o exato momento que a sas de uma aeronave ficam com sustentação zero e param de voar, se precipitando para o solo. Como não é obrigatório e tampouco necessário que a aeronave atinja a velocidade zero para ocorrer o STALL, ele é medido nas unidades de velocidade. Cada perfil aerodinâmico possui um valor específico para a velocidade de STALL, que pode também ser chamada de velocidade crítica. E é definida como a velocidade em que o perfil aerodinâmico atinge a sustentação zero (para de voar). O STALL também pode ocorrer em velocidades altas.

PERFIL AERODINÂMICO
É a seção transversal da asa, ou para mais fácil entendimento, a própria nervura com os bordos de fuga e ataque. É o perfil aerodinâmico que ao se deslocar no ar produz a sustentação (LIFT) necessária para suportar o peso total do conjunto: aeromodelo, aeronave ou helicóptero.

AEROMODELOS À PROVA DE CHOQUE - "CRASH-PROOF"
Infelizmente para nós aeromodelistas e felizmente para as lojas e produtores não existem aeromodelos a prova de choque. Algums aeromodelistas construtores teimam em conseguir tal proeza e para isso duplicam ou triplicam os reforços do seu modelo, não levando em consideração que o peso do material adicional modificará tremendamente pra pior o comportamento do modelo em vôo. Os pousos e decolagens se tornam difíceis, o modelo se desloca lentamente porque o motor fica sub-dimensionado e as manobras ascendentes se tornam impossíveis ou são raras. Como se não bastassem todos esses incovenientes, ocorrendo uma queda, por menor que seja, os danos à estrutura serão consideráveis. Isto é lógico, pois ao contrário do que parece, o peso do material adicional modificará tremendamente a dinâmica do modelo,e para pior, comprometendo o seu comportamento e desempenho.

Fonte: Revista Esporte Modelismo ano XIII no. 114
OS DEZ MANDAMENTOS PARA REDUZIR O ARRASTO
1-Sempre utilize um spinner no cubo da hélice

2-Evite fuselagens quadradas, em forma de caixa. Arrendonde todos os cantos vivos.

3-Carene as pernas do trem-de-aterrissagem e, se possível, as rodas também. Um trem retrátil seria ideal.

4-Faça filetes e/ou carenagens arrendondadas nas junções asa/fuselagem, estabilizador/fuselagem e leme/estabilizador. Nunca deixe cantos vivos entre estes componentes.

5-Carene o mais que puder o motor, não esquecendo de deixar aberturas de refrigeração. Um motor invertido na fuselagem e devidamente carenado gera bem menos arrasto que em outras posições com o cilindro exposto (se bem que torna a partida mais crítica). Procure escamotear o mais que puder a pipa sintonizada.

6-Instale dentro da fuselagem e asas tudo o que for possível em matéria de pushrods, horns, etc., além do interruptor do receptor e antena de rádio.

7-Prenda a asa à fuselagem por meio de parafusos escamoteáveis. Evite os elásticos.

8-Lixe muito bem toda a estrutura do aeromodelo antes de iniciar o acabamento para remover superfícies irregulares, dentes, degraus, quinas vivas, etc.

9-Nas asas, leme e estabilizadores; os respectivos bordos-de-ataque deverão ser lixados para dar forma arredondada enquanto os bordos-de-fuga deverão ter forma afilada.

10-Evite instalar coisas supérfluas no aeromodelo como cabines abertas, simulacros de metralhadoras e canhões, etc., a não ser que o modelo seja em escala. Estas coisas só servem para aumentar o arrasto!!!!!!!

Fonte: Revista Esporte Modelismo no. 117
TRUQUES PARA VER DEFEITOS INVISÍVEIS
Para dar um bom acabamento no modelo, passe duas camadas de primer antes de lixar. A segunda camada deve ser tingida com uma cor um pouco mais escura ou em constraste com a cor da primeira camada. Assim, ao lixar as superfícies, a cor mais clara vai se destacar nas áreas onde há "calombos"e a cor escura permanecerá no fundo.

O truque revela imperfeições que poderiam não ser percebidas usando primer de uma só cor ou tonalidade

Fonte: Modelismo em notícias
DESCOLA A QUENTE
Por: Hobbydelivery

Quando necessitamos fazer alguma remoção com peças coladas com Epoxy é uma complicação, pois sempre afeta a estrutura segue aqui uma dica. Aqueça a peça com um ferro de solda, pois o calor amolece a cola e facilita muito a retirada.

NOTA: Faça isso em local bem ventilado pois o vapor exalado da cola e TÓXICO !!!
EQUIPAMENTO DE CAMPO
Apesar de toda excitação em aprender a voar seu avião, a preparação dos instrumentos e sobressalentes é muito importante para o vôo no campo. A maior parte dos aborrecimentos ocorre no campo, e esse momento ocorre quando você estiver chegado ao campo e verificar que esqueceu de uma parte vital do seu equipamento. O ideal é fazer uma lista escrita ou pintada num dos lados de sua caixa de campo, um "Check List", protegendo-a com uma cobertura plástica. Faça uma verificação do conteúdo antes de fecha-la assegurando-se de que nada falta. Assim não ficará sujeito a maiores desastres no campo de vôo. Conseguir uma boa caixa de campo é da máxima importância.

LISTA DE CHECAGEM DE EQUIPAMENTO

Aqui estão os itens de equipamentos e ferramentas necessários: 1-Modelo completo, transmissor, antena e bandeira de frequência.

2-Alicate, cortador de arame, chave de fenda pequena, chave de vela, chave de fenda hexagonal, lima pequena, lâmina de corte, cimento para balsa, cola rápida epoxi, porcas e parafusos, arruelas, clips, alfinetes, fio de nylon e lápis. Uma garrafa com detergente para limpar o modelo, um pano limpo e toalhas de papel.

3-Combustível coado, abastecedor de combustível, seringa de injeção para combustível, bateria bem carregada, cabo de vela com engate rápido, velas sobressalentes (verif. Tipo) hélices de reserva ,"start" e bastão de partida.

4-Borrachas, durex e chumbo para ajustes de balanceamento.

5-Elásticos para a asa (se utilizar), madeira compensada para ajustes 0.8mm,1.0mm e 1.5mm, lâmina de aluminio fino para adaptações e bateria reserva para o receptor.

6-Você pode levar líquidos refrescantes ao seu gosto. Leve água para beber.

7-Mercúrio, algodão, esparadrapo e algums curativos também podem ser úteis.
ESCOVA LIMPADORA ESTREITA
POR: HOBBYDELIVERY

Vai aqui mais uma "DICA" HOBBYDELIVERY para facilitar a limpeza de seu modelo, seja ele um automodelo, nautimodelo, ferreomodelo ou aeromodelo. Corte os lados de uma escova dental e esmerilhe-os para dar um bom acabamento. Deixe apenas, duas fileiras de cerdas. Com esta escova estreita você poderá atingir locais de dificil acesso.
DICAS ACROBATICAS: AILERONS & FLAPS
AILERONS PARA FLAPS - Os flaps se movimentam juntos com os ailerons na mesma direção quando os ailerons são acionados. Esta configuração pode ser acionada em vôo para aumentar a velocidade de rolagem em cerca de 30 a 40%.


"CROW" - Ailerons para cima, flaps para baixo e profundor ligeiramente picado Esta configuração com alto arrasto permite pousos curtíssimos com grande perda de velocidade e sem tendências para estol de ponta de asa pois os ailerons levantados conferem "washout" as pontas


"TAKEOFF FLAPS" - Flaps abaixados Esta configuração de alta sustentação permite decolagens incrivelmente curtas (dependendo da configuração hélice/motor ) Os flaps devem retornar a posição normal logo após a decolagem


PROFUNDOR PARA FLAPS - Os flaps se movimentam juntos com o profundor na direção contrária: profundor cabrado-flaps abaixados, profundor picado-flaps para cima. Esta configuração permite que loops sejam feitos com o mínimo de diâmetro e mudanças de direção possam ser feitas num piscar de olhos.

SEM POEIRA
Por: Hobbydelivery

Quando você vai lixar aquele belo modelo e levanta aquela poeira aqui uma sugestão. Coloque sobre a bancada uma toalha de banho ou um cobertor felpudo, desta forma a poeira fica presa no tecido, não se espalhando pela casa ou oficina.
SOLDAR O BLOCO NÃO É BOM
Grande parte da evolução dos motores atuais de aeromodelismo provém da utilização de equipamentos e processos de fabricação que garantem tolerâncias muito apertadas na geometria do bloco do motor.

Após uma queda, o impacto sofrido pelo motor pode resultar em danos muito mais graves que um suporte de carburador estragado ou um escapamento partido.

Deformações permanentes não perceptíveis sem o uso de aparelhos de medição podem prejudicar o perfeito funcionamento das peças móveis do motor. E a tentativa de reconstrução da região afetada por meio de soldas, mesmo parecendo possível, só tende a agravar ainda mais a situação.

Ao invés de amenizar o problema com o emprego de adesivos como epóxis, silicones ou uma prótese mecânica adequada (geralmente de custo superior ao da peça nova), a melhor solução é a substituição total do bloco.

Fonte: Viagem ao Mundo do Aeromodelismo
CICLADOR DE BATERIAS
Nem todos os “Aeromodelistas” tem o devido cuidado com as “BATERIAS” do equipamento de rádio como deveriam ter, elas exigem uma manutenção periódica: seja ela do transmissor ou a do receptor (que ainda alimenta os servos). Quando você sabe que irá ficar um certo tempo sem usar seu equipamento é aconselhavel desconectar as baterias: do receptor (o que fica a bordo) e transmissor, nesse período ocorre a grande chance de ocorrer “OXIDAÇÃO”dos fios (A oxidação faz com que o fio fique “esverdeado” no terminal e internamente o fio fica “preto”(oxidado) ocorrendo assim a falta de corrente (LENHA NA CERTA !!!!!!!!!!!)

O seu carregador até pode indicar carga mas a indicação é falsa. Quando você usar o sistema para carregar o seu aeromodelo, pelo fio da chave “liga-desliga”, verifique constantemente o terminal. e se este estiver “verde” jogue fora a bateria e troque a chave “liga-desliga”, faça também uma verificação no fio do Switch até a plugagem no receptor, fique atento também aos fios da bateria do transmissor. Todas as baterias de Nickel-Cadmio, devem passar pelo ciclador de baterias. O ciclador faz uma ciclagem e depois uma carga com pulso, e assim a vida das baterias será prolongada e não haverá risco para o seu modelo, causado pela falta de energia.

Para usa-lo é simples como um carregador comum, a vantagem é que você coloca para reciclar e carregar, e logo quando estiverem carregadas, automaticamente elas entram em “PULSE”, podendo permanecer assim por longos períodos. O pulsador serve para manter sua bateria viva, pois ela recebe carga por pulso e assim é o mesmo que você estivesse fazendo uma manutenção constante, e quando você for voar, é só retirar a bateria do PULSE e usar! O ciclador avalia o estado das baterias indicando: volts e ampères.

Exemplos:
Se sua bateria for de 1000MHA, a descarga indicada no ciclador deverá ser sempre superior a 1000MHA, aproximadamente 10% a 15%. Outro cuidado é de sempre checar as baterias a cada vôo! Se você estiver usando uma bateria de 500MHA, em um avião com rádio 4 canais, não devemos fazer mais de 5 vôos de 15 minutos cada.

Se for um helicóptero, com uma bateria de 1000MHA, não faça mais que 4 vôos de 15 minutos cada, e faça sempre um pequeno intevalo de um vôo para outro. No caso de helicópteros, hoje existem alguns “giroscópios” de última geração que são muito econômicos, e que proporcionam uma margem de segurança maior.
COMBUSTÍVEL: ÓLEO DE RÍCINO
Óleo extraído por pressão a frio das sementes de mamona (Ricinus Communis, família das euforbiáceas); submetido à purificação, é usado como lubrificante na mecânica de precisão; puro ou misturado com lubrificantes sintéticos, é o mais comum dos lubrificantes usados nos combustíveis de modelos, tanto os do tipo glow quanto os do tipo diesel.

O óleo de rícino medicinal, é vendido em farmácias como laxante, não pode ser usado em combustíveis, pois contém glicose, um tipo de açucar para dar lhe sabor adocicado, Se queimada na câmara de combustão de um motor á explosão, a glicose se transforma em uma borra escura e de altíssima viscosidade podendo danificar irremediavelmente o motor.

O óleo de rícino usado em combustíveis para motores têm obrigatoriamente de ter a máxima pureza possível, ou seja deve ser identificado com as iniciais PA que indicam tratar-se de produto “para análise”química, portanto, com alto grau de pureza aprox. 99.9%.
MOTORES DE DOIS TEMPOS E DE QUATRO TEMPOS
Motor de 2 tempos: O pistão sobe no interior do cilindro e succiona a mistura de ar e combustível para dentro do cárter, ao mesmo tempo, comprime a mistura de ar e combustível que já está na câmara de combustão. Este é o chamado tempo de admissão/compressão (1o. tempo). A mistura de ar e combustível entra em ignição quando o pistão atinge o ponto mais alto dentro do cilindro, ponto morto superior (PMS). Nesse ponto os gases da combustão começam a se expandir e forçam o pistão para baixo.

Quase no final da descida, os gases da combustão escapma por uma abertura no cilindro. Este é o chamado tempo de combustão/exaustão (2o. tempo). Ao atingir o ponto mais baixo dentro do cilindro o ponto morto inferior (PMI), a mistura de ar e combustível que estava no cárter é forçada a subir para a câmara de combustão através de ports (ou janelas) na parede do cilindro, com o que se inicia um novo ciclo de 2 tempos: admissão/compressão e combustão/compressão e combustão/exaustão.Motor de 4 tempos: Partindo da posição de ponto morto superior (PMS) o pistão começa a descer e se abre uma válvula através da qual a mistura de ar combustível ingressa na câmara de combustão até o pistão atingir o ponto morto inferior (PMI).

Este é o chamado tempo de admissão (1o. tempo). A partir do PMI, o pistão começa a subir, a válvula de admissão se fecha e se inicia a compressão( (2o. tempo) da mistura de ar combustível no interior da câmara de combustão. Quando o pistão atinge o PMS, ocorre a ignição e começa a combustão (3O. tempo) da mistura de ar e combustível e a consequente expansão dos gases. O pistão é forçado para baixo até atingir o PMI.

Neste ponto, o pistão começa novamente a subir e se abre uma válvula para a exaustão (4O. tempo) ou escape. Quando o pistão chega novamente no PMS, fecha-se a válvula de escape e abre-se outra vez a válvula de admissão, com o que se inicia mais um ciclo de quatro tempos
PULSO-JATO
Motor a reação que dispensa o compressor para a injeção de ar combustível. O motor entra em funcionamento com o auxílio de um compressor externo de ar. O ar comprimido passa por um venturi onde se mistura com o combustível e, sob a forma de um spray de alta pressão, abre as válvulas de admissão e penetra na câmara de combustão. No interior desta, um dispositivo gerador de centelhas põe em ignição a mistura combustível. Os gases da combustão aumentam a pressão na câmara, com o que se fecham as válvulas de admissão, e escapam sob a forma de um forte pulso através de um duto.

No interior desse duto, os gases da combustão chocam-se com o ar atmosférico, formando-se aí um ou mais nós de alta pressão. No mesmo instante, a pressão da câmara de combustão cai abruptamente, de modo que a pressão atmosférica à frente do motor, mais alta, abre as válvulas de admissão e se encarrega de injetar nova dose de mistura combustível sob a forma de spray. O ciclo se repete; um novo pulso de gases da combustão se comprime no duto do escape, expulsa os gases do ciclo anterior e provoca um forte estampido. A sequência de pulsos/estampidos produz um som que se assemelha a um ronco de alta intensidade.
UMA MANEIRA FÁCIL DE ACOPLAR A BEQUILHA TRASEIRA NO LEME
Ao montar um aeromodelo esporte com bequilha traseira geralmente temos que parar para pensar como acoplar o eixo de comando da bequilha traseira a fim de obedecer aos comandos do leme e ao mesmo tempo não transmitir as trepidações do asfalto para o servo.

Diversas maneiras já foram desenvolvidas com graus variados de dificuldade de execução. A maneira mais simples é inserir a haste de comando da bequilha no leme, mas dessa forma o servo irá sofrer muito com as irregularidades do solo. O uso de pequenas molas na bequilha tipo wittman é o sistema mais usado nos pequenos aviões escala cheia (ex Piper, Paulistinhas, etc) entretanto tal sistema torna-se de difícil adaptação para modelos menores (.40, .60) que usam bequilhas simples como a Du-Bro.

A solução para o problema é extremamente simples. Após montar e alinhar a bequilha, corte um pedaço de mangueira de combustível ligeiramente maior que a haste de comando da bequilha e fixe a porção distal da mangueira no leme com um pequeno (2mm) parafuro autoatarrachante. Introduza a haste de comando no tubo e Voilá....Vc tem agora um sistema amortecido de comando para a bequilha traseira. Veja o desenho...

UM TAMPO DE MESA FACILITADOR DE UM PERFEITO ALINHAMENTO PARA SOS SEUS AEROMODELOS
Uma das principais dificuldades encontradas na montagem dos primeiros kits de aeromodelistas iniciantes é alinhar perfeitamente o modelo. Principalmente em modelos tipo “caixote”, manter as laterais no esquadro e “fechar” corretamente a parte traseira do aeromodelo, construir uma asa perfeitamente no esquadro, alinhar a deriva, acertar a incidência da asa e do estabilizador, são tarefas árduas e, na maioria das vezes, com resultados insatisfatórios, ocasionando, em extremo, tendências de vôo estranhas e a necessidade de muita trimagem.

Conjuntos de gabaritos, “jig” nas revistas internacionais, que facilitam o alinhamento e montagem dos kits, normalmente são importados e muito caros. Pinagem com alfinetes em cima de madeira ou MDF, ou ficam frouxos se a madeira é mole, ou precisamos de um belo martelo para bater os alfinetes. Sem contar com aqueles inúmeros “buraquinhos” espalhados por todo o modelo.

Proponho, então, que o aeromodelista interessado em montagem de kits, que se prepare para utilizar alfinetes o mínimo possível, com uma mesa de trabalho nivelada e que já é um gabarito preciso. Para isto, a dica é utilizaremos “Fórmica Lousa”, quadriculada, produto barato, relativamente fácil de encontrar, e com um gabarito de precisão industrial. Outra vantagem é que a Fórmica aceita colarmos gabaritos com CA, e ao rasparmos levemente a temos como nova. A partir da mesa, o aeromodelista pode preparar e construa seus próprios gabaritos, com pouco desembolso, e utilizando-se principalmente de sucata de balsa e material de desenho e encontrado em qualquer papelaria.

Uma perfeita mesa de trabalho

Por maior que seja o modelo a ser construído, uma mesa de trabalho não deve exceder a meia asa, ou o cumprimento da fuselagem, 100 cm a 120 cm, de cumprimento por 40 cm a 60 cm de largura. É difícil que está mesa, perfeitamente plana e nivelada esteja disponível para nós. Proponho então construirmos uma mesa, ou “tampo de mesa”, portátil, que possamos deslocar em cima de uma mesa comum, mas que se mantenha perfeitamente plana. Pensamos em uma peça de 125 cm por 50 cm, de MDF ou compensado grosso (15 mm a 20 mm), contra-travado, para evitar empenos, com perfis H ou tubo retangular, de 8 cm x 4 cm de “metalom”, aparafusados. Os cuidado que devemos ter são não deixarmos as cabeças dos parafusos aparecendo. Teremos uma “mesa”, não tanto leve, mais ou menos 12 kg a 15 kg, mas perfeitamente plana e nivelada. Em lojas de ferragens encontramos regularmente acabamentos em plástico para as pontas dos tubos e borrachinhas colantes para evitarmos que a mesa-tampo risque a mesa comum de apoio que utilizemos. O detalhe diferenciador, o segredo, é que o revestimento da mesa deve ser feito em Fórmica Lousa, (http://www.formica.com.br - F-208 - Lousaline) verde quadriculada. Desta forma já teremos, no próprio tampo da mesa, um gabarito de paralelas e perpendiculares com precisão industrial e praticamente indestrutível. Fácil de achar, a chapa comercial mede 125 cm por 308 cm, mas podemos encontrar pedaços em retalhistas de Fórmica e adquirir somente uma largura de 125 cm por 50 cm. Lembramos que, o revestimento de Fórmica pode ser efetuado em qualquer mesa adequada à construção de seus aeromodelos. O que queremos destacar é a vantagem do gabarito já impresso na Fórmica mencionada.

Firmando as peças na mesa

Após colocar a planta sobre a mesa, esticando-a bem com fita crepe ou fita gomada, tendo o cuidado de sempre manter alguma parte da fórmica visível nos quatros lados da planta, protegê-la com plástico transparente (fixado da mesma forma), estamos prontos para construímos os nossos próprios “jigs”. Para firmar as peças na planta, use sua imaginação. A começar pela fita crepe, passando por pesos diversos, sacos, saquinhos e sacões de areia ou de chumbinhos, cubos de madeira, esquadros de plástico ou alumínio, quase qualquer coisa de sua oficina pode ser utilizada. Lembre-se que o seu gabarito, o quadriculado verde da Fórmica, continua nas bordas da planta, e qualquer vareta empenada pode ser corretamente posicionada, utilizando-se de réguas de aço ou alumínio e fita crepe.

Fechando a traseira do aeromodelo? Firme bem o “caixote” com peças de madeira e sargentos na borda da mesa, bem alinhado no seu centro longitudinal em relação às linhas da Fórmica, e aos poucos, vá colocando peças, em ambos os lados da “caixa”. Esquadro vertical? Qualquer um, de plástico graduado. Já serve para o esquadro e para conferirmos, em ambos os lados, o fechamento da caixa.

Incidência das asas? Aparafuse o fundo da caixa na mesa, e tenha uma base firme e gabaritada para medições. Corte retalhos de balsa e confira ambos os lados de uma asa. Diedro? Cole, isto mesmo, cole gabaritos na Fórmica. Pontue um lado da asa com CA, um gabarito colado na ponta, e pronto: a metade para de andar e fica firme para você acertar o outro lado. Uma raspadinha de leve a Fórmica esta pronta para outra. Gostou, naquela asa do Cousair, cole todo o gabarito na mesa.

Dicas de onde encontrar:
Ilustrações da Fórmica Lousa no site: www.formica.com.br/

Os sites seguintes, vendem quadro de fórmica já prontos: www.cortitec.com.br/quadros.htm

No site http://www.leomadeiras.com.br, vende a fórmica (RJ e SP) com televendas.

Idem no site www.cityquadros.com.br/ e www.technicalcenter.com.br/quadros.htm

Material elaborado por: Eduardo Vitor Miranda Carrão
FOGO EM BATERIAS DE LÍTIO
As baterias de Lítio estão se tornando muito populares como fonte de energia para controles e sistemas de nossos modelos. Isto é verdade devido à sua grande capacidade de armazenamento de energia (relação amp-hr/wt) comparadas com as baterias de NiCad e outras. Com o aumento de energia, aumentam os riscos na sua utilização. E o principal risco é o *FOGO* que pode resultar de uma recarga inadequada, danos devido à queda do modelo ou curto-circuito dos elementos.

Todos os fornecedores destas baterias alertam seus clientes quanto a estes riscos e recomendam um cuidado extremo no seu manuseio. Independente disto, muitos casos de incêndio têm ocorrido com o uso de baterias de Lítio-Polimero ocasionando perda de modelos, automóveis e outras propriedades. Casas, garagens e oficinas também têm sido atingidas. O fogo provocado por uma bateria de Lítio pode chegar a milhares de graus e pode provocar incêndios espontâneos. O fogo ocorre devido ao contato do Lítio com o oxigênio contido no ar. Não necessita de outra fonte de ignição, ou combustível e pode queimar quase que explosivamente.

Estas baterias devem ser manuseadas de forma a evitar estes acontecimentos. As seguintes recomendações devem ser seguidas:

Armazene e recarregue as baterias em um dispositivo à prova de fogo; *NUNCA* no modelo. Recarregue a bateria em um lugar protegido e afastado de combustíveis. Mantenha vigilância constante durante o processo de carregamento da bateria. Num caso de acidente, remova os destroços para um lugar seguro e aguarde pelo menos trinta (30) minutos para observação. Células com danos físicos podem romper em fogo, e somente após garantir a segurança, a bateria deve ser rejeitada de acordo com as instruções do fabricante. *NUNCA* *tente recarregar uma bateria que tenha sofrido danos físicos, por menor que pareçam !!!*

Sempre utilize carregadores desenhados para fins específicos, preferivelmente que tenham um ajuste fixo para seu conjunto de bateria. Muitos incêndios ocorrem quando se usam carregadores com ajustes feitos inadequadamente.

° NUNCA tente recarregar uma bateria de Lítio com um carregador que não seja o especificado para esta bateria.

° NUNCA utilize um carregador especificado para baterias de NiCad..

Use carregadores que possuam sistema de monitoramento e controle do estado de cada célula do conjunto. Células desbalanceadas podem ocasionar um desastre caso uma das células seja levada a uma condição de sobrecarga. Se uma ou mais células mostrarem qualquer sinal de aumento de tamanho (inchaço) páre o processo de carga imediatamente e remova as células para um lugar seguro e ventilado pois podem iniciar o fogo.

O mais importante:

*NUNCA* DEIXE UMA BATERIA RECARREGANDO DURANTE A NOITE, SEM QUE ESTEJA SENDO OBSERVADA (Muitos casos de incêndio ocorreram devido a esta pratica)

*NÃO* tente montar seu conjunto de bateria usando células individuais. Estas baterias não podem ser manuseadas e recarregadas ocasionalmente como os outros tipos de bateria. As conseqüências desta prática podem ser muito sérias resultando em danos maiores em propriedades e danos físicos nas pessoas.

Texto traduzido do documento “Emergency Safety Alert” emitido pela AMA – Airplane Model Academy

Nossos agradecimentos ao Sr. Ferdinando Faria pelo inestimável trabalho de resguardo de nossa memória